Publicado em: 23 de março de 2018
Compaixão e salvação

Para: Sexta-feira, 23 de março de 2018

Texto: Deuteronômio 32.36-39

“O Senhor Deus terá pena do seu povo quando vir que eles estão fracos. Ele salvará aqueles que o servem, pois todos eles foram derrotados.” (Dt 32.36)

No final da jornada do Egito em direção à Terra Prometida, o povo de Deus caminhava no deserto, sentindo o calor do sol e os ventos abafados. A situação desse povo era de mendicância. Sem a ação de Deus para levá-lo aos lugares em que há comida e abrigo, sem a providência de Deus, Israel é um povo que não tem saída. A fé do povo no Deus que os havia libertado estava esfriando. Ao mesmo tempo os israelitas pareciam correr atrás de outros deuses que lhes prometiam tudo e não lhes lembravam da sua verdadeira natureza pecadora.

O povo havia esquecido que todos os bens e a vida são presentes que Deus renova a cada segundo. Agia como se fosse merecedor do que tinha e corria atrás de qualquer deus que lhe dissesse que era merecedor de bens ainda maiores. Israel destratava quem lhe lembrasse de que a nada tinha direito.

Nesse contexto Moisés afirma que cada vez que Israel foi confrontado com a ira de Deus, o povo sofreu. Sem o juízo de Deus, a palavra do amor, o evangelho, deixa de fazer sentido e o ser humano se julga merecedor das bênçãos de Deus. Somos lembrados de que “o Senhor Deus terá pena do seu povo quando vir que eles estão fracos” (Dt 32.36).

Os deuses denunciados por Moisés existem no coração humano desde que Adão e Eva prestaram atenção a Satanás. Mas ainda que visitados pelo furor de Deus, Deus ainda procura Israel. Apenas a Palavra de Deus pode refrescar a nossa consciência, que é lembrada da real condição em que estamos diante de Deus: “Nada merecemos, a não ser o castigo”.

A vida funciona, as relações se estabelecem, vivemos em família e vivemos em comunidade somente e enquanto Deus nos carrega. A sua graça em Jesus Cristo e a sua proteção contra o mal permitem que possamos tentar ser úteis de alguma forma nesta vida. O que merecemos, além disto? Nada. Por isso, tudo que fizermos em nada compensa o que Deus faz por nós.

Oremos: Querido Deus, não permitas que a nossa fé esfrie. Amém.