Planejamento familiar: É possível ao cristão?
Planejamento Familiar, Controle da Natalidade e Aborto
(1a Parte)
INTRODUÇÃO
– “Há numerosas áreas de complexidade moral que confrontam o cristão. Embora a ética cristã básica seja bastante simples (o amor), muitas vezes é bem difícil de ser aplicada. Os assuntos de controle da natalidade e do aborto são exemplos-chaves das dificuldades”. (Norman Geisler, Ética Cristã, p. 180)
I. PLANEJAMENTO FAMILIAR – É POSSÍVEL AO CRISTÃO ?
– Textos bíblicos: Gn 1.28; Sl 127.3; 1 Tm 5.8; Lc 14.28
– “Um casal pode planejar sua vida sexual de tal modo que os filhos nascidos sejam desejados como dádiva divina. O uso responsável do poder de gerar inclui a responsabilidade de providenciar as necessidades físicas, emocionais, intelectuais e espirituais dos filhos. O clima emocional do lar, a saúde dos pais, circunstâncias da família podem conduzir a um espaçamento dos filhos para possibilitar um cuidado mais adequado.
“Apesar da responsabilidade da decisão pertencer ao casal, os cônjuges reconhecerão que o controle final não lhes pertence, e como em todos os outros setores da vida submeter-se-ão à vontade divina, aceitando o número de filhos que lhes forem concedidos.
“Tanto a concepção irresponsável de filhos até o limite da capacidade biológica da mulher, como a limitação egoísta do número de filhos, são ambos igualmente condenáveis.” (Prof. Arnaldo J. Schmidt)
II. CONTROLE DA NATALIDADE
A) Argumentos usados contra o controle da natalidade
1. Desobediência ao mandamento de Deus em Gn 1.28.
2. É assassinato na intenção – é o homem se colocando como Deus.
3. O propósito do sexo é a procriação.
4. Um caso condenado na Bíblia (Gn 38.9).
B) Resposta aos argumentos acima:
1. A ordem de Gn 1.28 é geral (humanidade), não específica (cada pessoa) – senão estariam pecando os celibatários (Mt 19.12; 1 Co 7.17) e os casais, no privar-se temporário das relações sexuais (1 Co 7.5).
2. Evitar que uma vida inicie é diferente de tirar a vida. A importância da qualidade de vida.
3. O sexo tem mais do que um propósito: procriação, unificação (Gn 2.24; Mt 19.5) e prazer mútuo (Pv 5.15-20; Ct).
4. O caso de Gn 38.9 não serve de exemplo. Aí foi condenada a rebeldia de um homem contra uma lei de Deus (levirato – Gn 38.8; Dt 25.5,6)
A questão não é se, mas quando é possível o controle da natalidade!
C) Quando é errado:
– quando usado fora do casamento, para encobrir atividade sexual ilícita (as conseqüências)
– quando dirigido à humanidade toda
– quando não se quer assumir a paternidade responsável
D. Quando é certo:
– para adiar a chegada dos filhos, com vistas a uma melhor condição psicológica, econômica e educacional.
– para limitar o tamanho da família, para que se possa prover o suficiente aos filhos
– por motivos de saúde física e mental dos pais e das crianças.
– por uma razão especial (uma vocação especial (Mt 19.12).