Para: Sábado, 08 de abril de 2017
Texto: Filipenses 2.5-11
“Pelo contrário, ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos” (Fp 2.7).
“Não faça nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios” (Fp 2.3), escreveu o apóstolo Paulo aos cristãos da cidade de Filipos. Hoje, uma frase assim é quase uma afronta aos nossos ouvidos acostumados com fórmulas prontas do tipo “antes de tudo é preciso amar a si mesmo”. E fica pior: “Sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos”, diz Paulo.
Esta “lógica maluca” fere nosso estilo de vida, centrado em nosso prazer, em nossas conquistas, no sucesso e no dinheiro. Afinal, praticamente tudo o que fazemos é por “interesse pessoal”, não é? Então somos lembrados de Jesus: “Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha”! E, como Jesus viveu? Por mim. Por você. “Ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos” (Fp 2.7).
Abrir mão de tudo é esvaziar-se. Mas não é uma simples prática de obediência a um mandamento. É a atitude divina de amor. Ao esvaziar-se, Jesus toma sobre si os nossos pecados, a nossa falta de amor, nossa vida centrada e infeliz em nós mesmos, nossa lógica brutal do instinto de preservação que deixa o outro sempre para depois, e leva tudo isso para a cruz. E morre. “Por isso Deus deu a Jesus a mais alta honra e pôs nele o nome que é o mais importante de todos os nomes, para que, em homenagem a Jesus, todas as criaturas, na terra e no mundo dos mortos, caiam de joelhos e declarem abertamente que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus, o Pai”.
Por isso, hoje, como de joelhos, diante de Jesus e da vida imerecida que seu amor conquistou para nós, seremos esvaziados de nós mesmos e preenchidos por este amor. E, cheios de amor, animados por este amor, seremos “bondosos e misericordiosos, uns com os outros” (Fp 2.1).
Oremos: Jesus, esvazia-me de mim. Enche-me do teu amor. Amém.