Para: domingo, 26 de maio de 2024
Texto: João 3.14-17
“Assim como Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, assim também o Filho do Homem tem de ser levantado.” (Jo 3.14)
Levantar-se ou ser levantado parece sempre algo muito bom. Quando caímos, sabemos que precisamos nos levantar. Ao mesmo tempo, gostamos de ser levantados, de sermos colocados em uma posição de destaque em que todos nos veem e admiram as nossas habilidades. Mas há dias em que não queremos nos levantar. Em outros, nem mesmo conseguimos fazê-lo com as nossas forças. O medo, a ansiedade e as doenças nos colocam em situação de fragilidade. Uma fragilidade que revela o quanto não somos perfeitos e que levantar-se nem sempre é uma opção possível. Diante da morte, então, ela simplesmente não existe.
“Também o Filho do Homem tem de ser levantado” (Jo 3.14), disse Jesus a um mestre da Lei confuso com o discurso do profeta de Nazaré que afirmara que ele, Nicodemos, precisava nascer de novo. Mas ao afirmar que precisava ser levantado, Jesus não estava pensando como nós. Ele não estava esperando ser colocado em um pedestal para ser adorado e glorificado. Não era um discurso positivo para continuar a caminhada: “Assim como Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, assim também o Filho do Homem tem de ser levantado” (Jo 3.14). Jesus seria levantado na cruz. E, como na história de Moisés, o povo condenado à morte teria um novo começo, nasceria de novo. Na cruz, Jesus é levantado pelo ódio e pelo pecado de cada ser humano. Levantado para ser humilhado, para morrer a nossa morte, a nossa condenação, enfrentando o inferno por nós, “para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna” (Jo 3.15).
Seja qual for o momento pelo qual passamos, se estamos nos levantando de tombos ou se somos levantados e admirados na sociedade, ainda precisamos do socorro de Deus. E esse socorro foi levantado para todos nós enxergarmos, crermos e termos a vida eterna.
Oremos: Jesus, obrigado por morreres para termos vida eterna. Amém.