Para: quarta-feira, 22 de maio de 2024
Texto: João 3.5-8
“Não fique admirado porque eu disse que todos vocês precisam nascer de novo.” (Jo 3.7)
No hospital, a maternidade é um local de alegria e de sofrimento. Alegria pela chegada tão esperada do filho. Sofrimento porque nem sempre os nossos planos se realizam: bebês acabam precisando de cuidados em UTI (unidade de tratamento intensivo), e outros falecem nas primeiras horas após o parto.
A alegria e o sofrimento fazem parte de maternidades como fazem parte da vida aqui. Quando o ser humano preferiu desobedecer a Deus, o sofrimento entrou em nossa história. A morte, tão dura, não nos deixa descansar plenamente na alegria. Não conseguiremos viver para sempre. Os nossos filhos sofrem com síndromes, os nossos pais sofrem com doenças que acompanham a idade avançada, e nós caminhamos tentando equilibrar as tantas tristezas com algumas alegrias. E, sim, elas existem. Deus em sua misericórdia continua nos dando a alegria de termos filhos. E os pequeninos nos mostram novamente como o Criador é maravilhoso, como a vida que ele criou é impressionante. Mas é um equilíbrio difícil já que a morte pesa demais.
“Por isso não fique admirado porque eu disse que todos vocês precisam nascer de novo” (Jo 3.7), disse Jesus. Precisamos nascer de novo para que não precisemos mais nos equilibrar entre o que está quebrado e o vislumbre do perfeito. Precisamos nascer de novo para que a alegria da vida nunca mais seja ofuscada pela dureza da condenação da morte. Um nascer que não passa por uma maternidade mas passa pelo próprio Jesus pagando, ao morrer na cruz, pelo sofrimento que nós deveríamos enfrentar. Um nascer que é o milagre do Pai Eterno de ressuscitar a nós, mortos em nossos pecados, para sermos chamados de filhos de Deus.
Não, não fiquemos admirados. Precisamos nascer de novo.
Oremos: Obrigado, Deus, por me fazeres nascer de novo, da água e do Espírito. Enquanto esperamos a ressurreição, ajuda-nos a lidar com sabedoria com as tristezas, para que a alegria da vida em ti nunca seja apagada. Amém.