Para: domingo, 14 de junho de 2020
Texto: Marcos 4.26-34
“Jesus falava ao povo de um modo que eles podiam entender.” (Mc 4.33)
Se você crê, não precisa entender? Não é isso que pensava Jesus. “Jesus falava ao povo de um modo que eles podiam entender” (Mc 4.33), diz o evangelista Marcos. Para tanto, Jesus utilizava parábolas para transmitir verdades. Quando ensinou sobre o Reino de Deus, por exemplo, recorreu às parábolas, que apontavam para coisas que o povo conhecia muito bem.
A maneira de Jesus ensinar levava as pessoas a entender a mensagem para crer nela. Se alguém não entende uma mensagem, nada acontece. Por exemplo, se queremos dizer para alguém que um tecido é azul, não se pode usar a palavra marrom em vez de azul.
Há uma grande diferença entre entender a mensagem e compreender mistérios que ela nos apresenta. Por exemplo, quando ouvimos de Jesus que na Santa Ceia o pão distribuído é o corpo de Cristo, entendemos o “é”, porém não compreendemos o mistério da união entre o corpo de Cristo e o pão recebido. O mesmo acontece com a recepção do vinho. A fé vem pelo ouvir. Sim, contudo pelo ouvir com entendimento do que se ouve. Se alguém não conhece a língua russa, adiantaria pregar o evangelho em russo para essa pessoa? É claro que não.
A fé, portanto, não dispensa o entender, contudo não aceita a busca pela compreensão dos mistérios da mensagem anunciada. A confiança gerada pelo Espírito Santo é depositada no que é, porque assim fala Deus. Ela não depende de saber como ou por que é assim. São os mistérios de Deus. O que precisamos entender e saber foi ensinado por Jesus. É o que basta. O que, talvez, gostaríamos de entender, não precisamos, nem devemos. Deus o guardou para si. Ele só não esconde de nós o seu desejo de nos salvar. Isso está claro na mensagem do evangelho. Por meio da confiança nela a salvação está garantida.
Oremos: Pai gracioso, a mensagem da salvação é muito clara. Fortalece sempre mais a nossa confiança nela. Por Jesus. Amém.