Para: domingo, 23 de junho de 2024
Texto: Marcos 4.35-41
“Silêncio! Fique quieto!” (Mc 4.39)
Ao envelhecer, muitas pessoas começam a não gostar mais de algumas coisas. E há aquelas coisas que passamos a valorizar mais na velhice. Se Deus nos abençoar com uma vida longa, passaremos por isso também.
Uma das coisas que a gente começa a querer mais, quando fica mais velho, é paz. Queremos mais sossego. Baladas já não são tão importantes. Carro com som potente? Não. Até o carro que passa na rua oferecendo produtos nos incomoda. E o carro de venda de botijão de gás também. O som do televisor deve ficar num volume mais aconchegante. Agora, as crianças correndo e gritando costumam dar calafrios, mas antes corríamos e gritávamos juntos.
Quando aprendemos o valor do silêncio, entendemos por que Deus, muitas vezes, mostrou-se por meio do silêncio. Por exemplo, quando Elias estava diante do Senhor e houve um terremoto, fogo e, finalmente, veio uma brisa suave. Elias cobriu o rosto, porque o Senhor estava na brisa suave. Jesus mesmo disse ao lago tempestuoso: “Silêncio! Fique quieto!” (Mc 4.39).
Muitas vezes Deus acalma as tempestades da nossa vida na tranquilidade do nosso quarto, quando os joelhos estão dobrados, as mãos unidas, e o coração humilde pede o socorro que vem sem alarde e sem barulho. Muitas vezes as dores nos colocam em silêncio. Não queremos e nem podemos falar com ninguém, mas Deus nos escuta. E mais do que dizer “isso vai passar, não fique preocupado”, Deus vem a nós e diz: “Eu estou com você todos os dias, até o fim dos tempos. A minha mão está protegendo você, mesmo em silêncio”.
Deus quer salvar a todos nós, por isso ele enviou Jesus Cristo, que, no silêncio ensurdecedor da sua tumba, derrotou o pecado e o inferno. Ele entende o nosso silêncio porque também se calou para nos salvar.
Oremos: Amado Pai celestial, no silêncio das minhas dores sei que tu estás presente para consolar e amparar. Protege-me de todos os males e guarda-me para a vida eterna. Em nome de Jesus. Amém.