Para: sexta-feira, 03 de janeiro de 2025
Texto: Marcos 13.24-31
“As minhas palavras ficarão para sempre.” (Mc 13.31)
Ao contrário do que se pode pensar, a Bíblia, quando fala do fim do mundo, nas chamadas mensagens apocalípticas, não quer aterrorizar ninguém, mas apenas reforçar o poder de Deus. Essa também é a ênfase do texto de hoje: “O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras ficarão para sempre” (Mc 13.31). Ele lembra que aquele que criou o Universo com sua palavra, com a mesma palavra pode destruí-lo num piscar de olhos. Contrapõe a fraqueza e pequenez das criaturas ao poder e grandiosidade do Criador.
Em nenhum momento o texto bíblico permite fazer previsões e cálculos sobre o fim do mundo. Não diz quando nem como será a vinda do Filho do homem; apenas exorta a vigiar. Vigilância que inclui aceitar a vida com todas as suas contradições, em que se misturam alegrias e tristezas, esperanças e sofrimentos, glórias e misérias, vitórias e derrotas, até aquele dia em que veremos Deus face a face e estaremos eternamente com ele.
De fato, a vida cristã é assim: já pode vislumbrar a vida perfeita e eterna que nasce na manjedoura, mas ainda não pode desfrutá-la plenamente; já pode sentir o perfeito amor de Jesus pela fé, mas ainda não consegue viver um só dia sem conflitos e imperfeições. Entretanto, por mais defeituosa que seja sua vida, os cristãos nunca esquecem que Deus tem a história em suas mãos, que suas palavras de perdão e amor permanecem para sempre. Por isso, mesmo que céu e terra desapareçam, continuarão abraçando e assumindo a causa de Jesus neste mundo. Ao crer em Jesus, cremos nas “palavras que ficarão para sempre” (Mc 13.31).
Oremos: Senhor Jesus, ilumina nossos corações e mentes para que, pelo poder da tua Palavra que permanece para sempre, sigamos firmes proclamando o teu amor em todas as circunstâncias da vida até a vinda do teu Reino eterno. Em teu nome, querido Jesus. Amém.