Para: quarta-feira, 9 de abril de 2025
Texto: Marcos 15.1-5
“Porém Jesus não disse mais nada, e Pilatos ficou muito admirado com isso.” (Mc 15.5)
Jesus não foi condenado por fazer milagres, tampouco por pregar o amor, mesmo que isso incomodasse os líderes Judeus. Jesus foi condenado à morte porque o povo dizia que ele era o rei dos judeus e, mais especificamente, que ele era o “Filho de Deus”.
Conforme a lei judaica, usar esse termo para designar um ser humano era considerado blasfêmia. No entanto, os romanos não condenavam ninguém à morte por disputas religiosas como essa. Cientes disso, para conseguir a condenação de Jesus, os líderes judeus o acusavam de ser um perigo para o Império Romano por afirmar ser o “rei dos judeus”. Quando perguntado por Pilatos se era o rei dos judeus, Jesus respondeu: “Quem está dizendo isso é o senhor” (Mc 15.2). Insatisfeito, Pilatos insistiu na pergunta. Mesmo sabendo que o silêncio era visto como presunção de culpa pelos romanos, Jesus não protestou, não tentou se justificar. Por fim, segundo o relato do Evangelho de Marcos, “Jesus não disse mais nada, e Pilatos ficou muito admirado com isso” (Mc 15.5).
Jesus foi condenado à morte. Crucificado, Jesus não respondeu aos insultos que recebeu, mas abriu sua boca para dar um grande grito e expirar antes de morrer. Vendo a forma como Jesus morreu, o centurião romano reconheceu que Jesus era mais do que o rei dos judeus, ele era o “Filho de Deus” (Mc 15.39).
Pode ser que você esteja sofrendo nas mãos de alguém. Nessas horas, é comum desejar vingança. Temos vontade de “sair aos berros” contra tudo e todos. No entanto, muitas vezes, o melhor a se fazer é entregar a situação nas mãos de Deus e aguardar. No seu tempo, Deus agirá e fará com que as pessoas ao nosso redor reconheçam que nossas vidas são transformadas pelo próprio “Filho de Deus”, que morreu para nos dar o perdão de pecados.
Oremos: Bondoso Deus, ajuda-nos a ver que o silêncio mostra a sabedoria que tu nos ensinaste. Em nome de Jesus. Amém.