Teria o Criador feito toda a maravilhosa obra da Criação, para destruí-la, assim tão simplesmente? Tanto trabalho, perfeição, beleza, somente para nós?
A grandiosa e maravilhosa obra da Criação não foi destinada só para nós. Ela foi realizada, sim, para nosso deleite e conforto, mas também e, especialmente, para a glória de Deus, como lemos em Romanos 11.36: “Dele ( de Deus ) e por meio dele e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém.” Em outras palavras, o universo foi criado por causa de Deus mesmo, para manifestar a sua bondade ( Salmo 136 ), o seu poder ( Salmo 115 ), a sua sabedoria ( Salmo19.1 e seguintes; 104.24; 136.5 ). Essa glorificação de Deus é a principal finalidade da criação. Ela acontece no ato da beneficiação do ser humano, conforme as palavras do Salmo 115.15 e 16: “Sede benditos do Senhor, que fez o céu e a terra. Os céus são os céus do Senhor, mas a terra deu-a ele aos filhos dos homens.” Dado o fato de o universo ter sido criado para a glória de Deus, conclui-se que ele não foi criado para ser destruído no fim dos tempos. A destruição e o próprio Juízo Final são decorrências do pecado. O pecado não só determina a necessidade de Deus destruir tudo, mas, desde o início, já vem comprometendo e prejudicando a sua vida. É o que Deus diz a Adão, logo após a queda do pecado: “Visto que atendeste a vós de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses: maldita é a terra por tua causa: em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra…” ( Gênesis 3.17-19 ). O que também devemos lembrar aqui é que o universo não será simplesmente destruído como se fosse um ato vingativo de Deus, mas será destruído para dar lugar a um novo céu e a uma nova terra, conforme declara o apóstolo Pedro, em sua segunda carta, capítulo 3, versículo 13: “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habite justiça.” Conferir também Apocalipse 21.1 e 5.