Para: Sexta-feira, 15 de setembro de 2017
Texto: Isaías 50.4-10
“O Senhor Deus é quem me defende, e por isso ninguém poderá me condenar.” (Is 50.9)
Vivemos em um país notoriamente injusto. Para termos apenas uma dimensão disso, basta analisarmos alguns dados. No Brasil, segundo dados do ano de 2016, menos de dez por cento dos homicídios foram solucionados. Aqui em nosso país, os processos costumam demorar em média cinco anos para se chegar a uma sentença definitiva. E isso é uma média, já que há processos que demoram mais. Diante disso, desejamos penas mais rigorosas e julgamentos mais rápidos.
Por outro lado, no que se refere à justiça de Deus, é preciso observar que nós estamos do outro lado. Diante de Deus, não somos as vítimas: somos réus. Por conta de nosso pecado, se houvesse um julgamento rápido, o resultado seria a condenação eterna de todos.
Mas, no julgamento de Deus, temos direito à melhor defesa. É o que o profeta Isaías declara: “O Senhor Deus é quem me defende, e por isso ninguém poderá me condenar” (Is 50.9). E lemos em 1 João 2.1: “Meus filhinhos, escrevo isso a vocês para que não pequem. Porém, se alguém pecar, temos Jesus Cristo, que faz o que é correto; ele nos defende diante do Pai”. Jesus é um advogado único, pois ele não nos defende apenas com uma boa retórica e estratégia. Ele diz ao juiz: “Pode deixar meu cliente sair livre, eu pagarei a pena dele”. E Jesus paga morrendo na cruz do calvário.
Diante de tamanha misericórdia e amor, somos chamados a agir de maneira diferente. Não é errado reivindicar justiça e desejar um país mais justo. Mas a vingança e a rapidez em condenar devem passar longe de nossas atitudes para com os transgressores. Quem você deseja ser? Um agente da justiça humana, que busca a vingança a qualquer preço, ou um agente da justiça de Deus, que leva a misericórdia de Cristo ao mundo?
Oremos: Bondoso Deus e Pai, obrigado por propiciares a melhor defesa para mim. Que a tua misericórdia possa predominar em minha conduta. Amém.