Quinta-feira, 23 de março de 2017
Leia Lucas 19.45-48
“Jesus entrou no pátio do Templo e começou a expulsar dali os vendedores” (Lc 19.45).
O Templo de Jerusalém era uma lembrança da presença de Deus entre o seu povo, e os sacrifícios de animais eram um componente central do culto. Quando a pessoa colocava suas mãos sobre a cabeça do animal e confessava seus pecados, Deus transferia a culpa dela para o animal, que era morto em seu lugar. Todos esses sacrifícios apontavam para Jesus. Ele é o Cordeiro de Deus que toma o nosso lugar e é morto pelos pecados de todo o mundo.
Quando os peregrinos judeus viajavam grandes distâncias para a Festa da Páscoa, eles não conseguiam trazer junto com eles seus próprios animais. Mas Jesus não está preocupado por haver animais para sacrifício à venda, ou com os cambistas trocando moedas estrangeiras para a moeda do Templo. O problema é onde os animais estão sendo vendidos: no pátio do Templo.
Em ira santa, Jesus expulsa todos de lá. Ele cita Isaías: “Nas Escrituras Sagradas está escrito que Deus disse o seguinte: “A minha casa será uma ‘Casa de oração’.” Mas vocês a transformaram num esconderijo de ladrões” (veja Isaías 56.7). Já é ruim agir como ladrão, vendendo os animais para sacrifício a preços abusivos, mas é ainda pior fazer negócio no próprio pátio do Templo, onde as pessoas estão tentando orar a Deus em meio a todas essas distrações.
Os líderes judeus ficam furiosos por Jesus desafiar a autoridade deles e por interferir nos seus negócios. Mas eles não podem matá-lo porque a multidão de peregrinos está atenta às palavras dele. Como veremos nos próximos dias, os seus ensinamentos ficarão ainda mais contundentes, e sua popularidade continuará crescendo.
Oração: Todo-Poderoso Deus, teu Filho retirou todas as distrações do pátio do teu Templo. Limpa minha mente de todas as distrações para que eu louve a ti com todo o meu coração, mente e alma. Eu oro em nome de Jesus. Amém.
Mensagem da série “Da manjedoura ao túmulo vazio”. Período de Quaresma.23