Quarta-feira, 22 de março de 2017
Leia Lucas 19.39-44
“Aí alguns fariseus que estavam no meio da multidão disseram a Jesus: — Mestre, mande que os seus seguidores calem a boca! Jesus respondeu: — Eu afirmo a vocês que, se eles se calarem, as pedras gritarão!” (Lc 19.39-40).
Jesus entra em Jerusalém com uma multidão alegre, cantado louvores a ele. Alguns fariseus pedem com urgência a Jesus que silencie seus apoiadores. Mas Jesus se recusa a fazer isso. Esse Rei receberá o louvor que merece. Mesmo que as pessoas fiquem em silêncio, as pedras gritarão.
Daqui a poucos dias os fariseus terão sucesso: os louvores silenciarão e a multidão gritará: “Crucifica-o, crucifica-o!” Olhando a cidade, Jesus vê Jerusalém e começa a chorar. Ah, se a cidade soubesse o quanto seria fácil escapar do desastre… Todos os seus cidadãos teriam de deixar seu mau caminho e confiar em Jesus. Infelizmente, esta grande paz está escondida de seus olhos.
As lágrimas de Jesus caem porque seus olhos, que tudo sabem, veem o que acontecerá daqui a quarenta anos. Ele vê as legiões romanas chegando, cercando a cidade e derrubando as árvores para construir suas armas. Ele vê a violência e as doenças se espalhando pela metrópole condenada. Ele vê a fome e a peste devastando os que restam. Ele vê os romanos passando pelos muros da cidade e atacando com selvageria os últimos defensores dos muros do Templo. Ele vê o Templo em chamas e os defensores sendo mortos pelos romanos, pelas costas, enquanto se voltam desesperados para tentar apagar o incêndio. Ele vê o Templo reduzido a escombros, não restando pedra sobre pedra.
E ele chora amargamente porque isso não precisaria acontecer. Se, ao menos, eles tivessem reconhecido que Deus graciosamente os visitara através de seu Filho…
Oração: Senhor Jesus, teu coração se entristeceu diante da devastação que Jerusalém sofreria por causa da sua tola descrença. Proteje meu coração e mente da descrença para que eu viva contigo no céu, e não sofrendo eternamente no inferno. Amém.
Mensagem da série “Da manjedoura ao túmulo vazio”. Período de Quaresma.