Para: quinta-feira, 25 de agosto de 2022
Texto: Salmo 26
“Ó Senhor Deus, declara que estou inocente, pois faço o que é certo e confio inteiramente em ti.” (Sl 26.1)
Lavei minhas mãos. Está aí uma afirmação que já escutamos muitas vezes em nossa vida, especialmente quando nos perguntam se, de fato, lavamos nossas mãos para mantê-las bem higienizadas. Mas a expressão “lavei minhas mãos” também pode ser dita por alguém que afirma que já fez tudo o que era possível sobre determinado assunto e que agora não é mais responsável pelas eventuais consequências.
Essa expressão não é exclusiva de nossa cultura. Outros povos também utilizam esse provérbio com o mesmo sentido. E nos tempos bíblicos da antiga aliança, além de falar “lavei minhas mãos”, se realizava o ato de lavar as mãos para se isentar de responsabilidade. O caso mais famoso é o de Pilatos, que pediu que trouxessem água para que lavasse suas mãos, no intuito de se eximir de qualquer responsabilidade diante da condenação e morte de Jesus.
Mas será que esse ato pode ser suficiente para tirar o peso da consciência? À luz da Palavra de Deus sabemos que não é o suficiente. No Salmo 26, Davi afirma que, conforme o costume, lava as mãos para mostrar que é inocente, mas faz isso acompanhado do mais importante: a fé naquele que pode não apenas lavar as nossas mãos, mas o nosso coração, aquele que tira o pecado do mundo, Jesus. Assim, ele pede: “Ó Senhor Deus, declara que estou inocente, pois faço o que é certo e confio inteiramente em ti” (Sl 26.1).
Somente Cristo pode, com sua obra na cruz, nos declarar inocentes, pois “o seu sangue nos limpa por dentro, tirando as nossas culpas” (Hb 9.14). Dessa forma, mais importante do que dizer “lavei minhas mãos” é confiar inteiramente no perdão que vem de Cristo e em sua obra que deixa não apenas nossas mãos limpas, mas o mais importante: o nosso coração.
Oremos: Bondoso Deus, obrigado por lavares o meu coração com as tuas mãos, pela obra do teu Filho que derramou sangue precioso na cruz para me perdoar. Amém.