“Nunca mais”. Essa expressão ganha vida no poema “O corvo” de Edgar Allan Poe. Quase profeticamente, o corvo antecipa o desfecho de diversos planos humanos: “nunca mais”. O ser humano não teme somente o fim da vida, mas cada limitação permanente parece uma amostra grátis da própria morte. Por exemplo, é horrível “nunca mais” poder comer pizza ou doces. É doloroso “nunca mais” visitar aquele local maravilhoso das férias passadas. É angustiante pensar que o luto significa que “nunca mais” veremos o ente querido falecido. O corvo de Edgar Allan Poe nos irrita com seu “nunca mais” porque faz sentido encarar a vida e a morte como uma progressão do domínio do “nunca mais” sobre o “para sempre”. No entanto, o corvo precisa se calar diante do “está consumado” de Jesus (João 19.30). A morte e ressurreição de Cristo nos asseguram de que veremos nossos entes queridos “mais uma vez” e “para sempre”, de que comeremos pizza e doritos “outra vez”. Assim sendo, quando Cristo habita nosso coração e vida, o “nunca mais” do Corvo só faz sentido se for aplicado às coisas ruins da existência: quando Cristo retornar, “nunca mais” haverá choro, “nunca mais” haverá dor e a morte “nunca mais” nos afetará (Ap 21.4).
Oração: Bondoso Deus, assim como a corça anseia por águas, como terra seca aguarda a chuva, meu coração tem sede de ti. Sacia-me com a tua graça. Por Jesus. Amém.
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