Para: segunda–feira, 02 de novembro de 2023
Texto: Mateus 23.37-39
“Jesus terminou dizendo: Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo!” (Mt 23.37)
É inegável que um abraço apertado é algo especial. Um abraço de perdão, um abraço de saudade, um abraço de reconhecimento, um abraço de amizade. Para sermos bem sinceros, a maioria de nós foge dos abraços. O mundo da contemporaneidade foge dos abraços. Vivemos cada vez mais sozinhos, isolados, separados, buscando defender o que nem sabemos definir ao certo. Infelizmente, somos envolvidos pela cultura materialista e da imagem e ficamos cada vez mais preocupados com a opinião dos outros. Trata-se de uma escravidão cruel, que apequena, separa e faz sofrer.
Jesus sempre apontou para outro caminho. Ele falou do valor da vida, da pessoa, das crianças, das flores, dos relacionamentos sinceros e transparentes. Jesus sempre falou do amor, do perdão, do carinho, do abraço. Falou da justiça, da honestidade, do respeito, da responsabilidade. Jesus agia dessa maneira, pois entendeu que a vida só se faz a partir do amor, que dá sentido a ela, ao trabalho, aos relacionamentos, aos abraços. É por essa razão que veio ao mundo. Veio para fazer parte de nossa realidade, que sofre debaixo da opressão de pecadores egoístas e exploradores, que fazem sofrer, mas que também sofrem.
Olhando para Jerusalém, ele lamentou: “Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, mas vocês não quiseram!” (Mt 23.37). Para todos, Jesus oferece seu abraço, cheio de misericórdia e amor. Nesse abraço, que se encheu de perdão na cruz do Calvário, está o perdão e a paz, até a hora final. Essa é a intenção de Deus, em seu Filho Jesus Cristo. Porém, vale a admoestação contida no lamento de Jesus. Não desperdicemos a oportunidade da vida, que se oferece de forma plena em Jesus Cristo.
Oremos: Senhor Jesus, que o teu abraço seja meu para sempre. Que ele me dê forças para amar, perdoar e abraçar sempre. Abraça-me, mesmo que eu não mereça. Fica comigo e com os meus. Amém.