Para: quarta-feira, 2 de outubro de 2024
Texto: Marcos 10.1-12
“Assim, já não são duas pessoas, mas uma só.” (Mc 10.8)
Ninguém se casa pensando em se separar. Se a pessoa fez isso, se casou-se pensando na possibilidade de divórcio, já começou errado. Mas isso não quer dizer que, no decorrer da vida matrimonial, o pensamento da separação não venha à mente dos cônjuges. Aliás, são inúmeros os motivos que levam as pessoas à separação. E as consequências que vêm após o rompimento são também numerosas.
A vida a dois é cheia de obstáculos, manias e mágoas. Por conta disso, é preciso ficar claro que o mal que habita em nós se revela muito mais aos que estão ao nosso lado. Aprender a lidar com isso é o grande desafio para os casais. Como ceder ao jeito e às manias do meu cônjuge? Como amar o meu cônjuge de maneira que ele se sinta amado?
A perspectiva precisa mudar após o casamento: já não se vive mais para si mesmo. Na vida matrimonial vivemos para o outro, para a alegria do cônjuge. E essa alegria se torna a nossa alegria, já que, após o casamento, nos tornamos uma só pessoa, como diz a Palavra de Deus. Tendo em vista essa realidade, o cristão irá praticar em seu lar a reconciliação, o arrependimento, o perdão e a compreensão. Pois, se isso não acontecer, a consequência inevitável é o endurecimento do coração. Esse foi o diagnóstico feito por Jesus após ser questionado pelos fariseus a respeito do divórcio.
Deus sabe que a vida a dois é difícil, mas é muito mais difícil estar sozinho. Então, a união de duas pessoas no matrimônio é, na verdade, para o fortalecimento delas, para o início de uma família. “Assim, já não são duas pessoas, mas uma só” (Mc 10.8). Viver sob o mesmo teto com alguém diferente de nós, mas por quem nos apaixonamos e a quem amamos, é uma grande oportunidade que Deus nos dá para exercitarmos o amor com que ele nos ama.
Oremos: Pai celestial, abençoa os casais para que vivam sob o teu amor, em perdão e reconciliação constante. Amém.